Dados estatísticos relevantes
Observando este gráfico sobre a evolução das queixas entre 2014 a 2020, percebemos uma ligeira subida nos 3 primeiros anos (2014,2015,2016) de 60 queixas para 119. A partir do ano de 2017 o valor começou a subir exponencialmente atinguindo as 346 queixas em 218, consecutivamente em 2019 subiu quase 100 queixas para as 436, atinguindo então em 2020 as 655 queixas. Tem-se assistido a um aumento consolidado do número de queixas desde 2014, correspondendo a um aumento de 50,2% face ao ano de 2019, quando se contabilizaram 436 queixas.
Neste gráfico de barras (fig.21) alusivo às principais áreas de discriminação no ano de 2020, observamos que quase metade destes atos são cometidos via internet, especialmente nas Redes Sociais. De seguida temos outras áreas como: o Comércio, Vizinhança, Media tradicional, Vida Social/Privada, Educação, Laboral, Outras áreas etc. Dentro das mencionadas anteriormente as que mais se destacam são a Media Tradicional (Tv; programas de entretenimento) com 8,7% e Outras Áreas com 18,3%.
As redes sociais oferecem um espaço para a expressão de opiniões e interação entre usuários, mas também podem ser palco para comportamentos discriminatórios e racistas.
Neste gráfico ao considerar-se o número de situações reportadas (fig. 24 B – 405 situações), a análise permite descontar o efeito de casos em que se verifica um número elevado de queixas sobre a mesma situação apresentada por diversos denunciantes. Neste contexto, a característica protegida mais comum referida foi a Nacionalidade (31,9%, 129 situações). O fator Cor da Pele foi o fundamento invocado pelo/a queixoso/a em 16,0% (65 situações), seguindo-se a Origem Racial e Étnica (13,6%, 55 situações), restando o Território de Origem com valores mais residuais (3,0%, 12 situações).
(os dados estatísticos apresentados em cima foram retirados do site abaixo)